JUDICIÁRIO: STF ainda não divulgou teor da reunião com Dilma; servidores fazem dia de luta por PCS
Nota do STF não informa se questão salarial foi tratada na reunião entre Dilma e Ayres Britto; para servidores, indefinições reforçam necessidade de mobilização
O Supremo Tribunal Federal faz mistério sobre o conteúdo e o resultado da primeira audiência entre os presidentes da República, Dilma Rousseff, e do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto, após a posse deste. A única informação segura que se tem até o momento é que a reunião de fato aconteceu no Palácio do Planalto, na tarde de terça-feira (29), e teria durado cerca de uma hora e meia.
A notícia de que o encontro ocorrera gerou expectativa na categoria, já que parece improvável para a maioria que as questões salariais dos servidores não tenham sido tratadas. O STF, no entanto, divulgou nota de três linhas, na manhã desta quarta-feira (30), na qual informa que Ayres Britto “conversou apenas” sobre “a Conferência Rio+20 e sobre assuntos administrativos dos Poderes Executivo e Judiciário”. Aparentemente, o comunicado tenta ‘atender’ a procura de jornalistas por informações sobre a reunião. O Planalto também não divulgou nada sobre o encontro.
A nota não esclarece que assuntos administrativos seriam esses e se dentre eles está a questão salarial. O silêncio do Supremo com relação ao assunto, numa semana marcada por protestos e paralisações da categoria nesta quarta-feira (30), recebeu críticas de servidores durante manifestações realizadas nos estados.
Reunião com Ayres Britto
Dirigente da federação nacional (Fenajufe) e do sindicato de São Paulo (Sintrajud), o servidor Antonio Melquíades, o Melqui, conseguiu falar rapidamente por telefone com o presidente do STF, mas ele não deu detalhes sobre o conteúdo da conversa que teve com Dilma. O dirigente da Fenajufe solicitou então que o ministro recebesse uma comissão de dirigentes da federação para tratar do assunto. Ele concordou e disse que a audiência seria agendada para esta semana.
Para Melqui, as notícias relacionadas à luta pela aprovação do PCS e as indefinições sobre o desfecho desse processo reforçam a importância e a necessidade de mobilização da categoria e de construção da greve nacional para derrubar o congelamento salarial. Na semana que vem, os trabalhadores do Judiciário Federal de todo país pretendem voltar a Brasília para defender suas reivindicações: vão participar da marcha nacional do funcionalismo, no dia 5 de junho, e pressionar a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, na manhã do dia seguinte, quando o projeto de lei que revisa o plano de cargos e salários da categoria (PL 6613/2009) deverá estar novamente em pauta.
Por Hélcio Duarte Filho
Luta Fenajufe Notícias
Quarta-feira, 30 de maio de 2012
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