Busca sem resultado
jusbrasil.com.br
26 de Abril de 2024
    Adicione tópicos

    ORÇAMENTO: Procurador-geral foi ‘empurrado’ por servidores a mover ação por autonomia, diz sindicalista

    Contestações à quebra da autonomia do Judiciário e MPU, em ações novas e anteriores levadas ao STF, reforçam a ideia de que luta salarial vai continuar

    Novas ações questionando a quebra da autonomia e independência financeira do Poder Judiciário e do MPU chegaram ao Supremo Tribunal Federal. Repete-se o que já ocorrera em 2012, quando a presidenta Dilma Rousseff encaminhou ao Congresso Nacional Projeto de Lei Orçamentária (Ploa) que excluía as propostas elaboradas pelo Judiciário e Ministério Público da União. As contestações ao procedimento adotado pelo governo no envio do projeto ao Legislativo reforçam a ideia de que a luta salarial não se esgota com os novos projetos que tramitam no Congresso.

    Primeiro, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, entrou com mandado de segurança no STF (nº 31618) contra o corte feito pelo Executivo no orçamento do Ministério Público da União, contido na proposta de Lei Orçamentária Anual de 2013. Isto ocorreu na sexta-feira (14). Logo depois, na segunda-feira (17), três associações nacionais de magistrados (AMB, Anamatra e Ajufe) impetraram mandado de segurança (nº 31.627/2012) no Supremo contestando o corte no orçamento do Poder Judiciário. Já tramitam no STF outras ações que questionam o que ocorreu em 2012, havendo inclusive um pronunciamento do procurador-geral apontando como inconstitucional a interferência do Executivo sobre a autonomia financeira e orçamentária do Judiciário.

    ‘Pressionar o Supremo’

    O servidor Adilson Rodrigues, diretor do sindicato de São Paulo (Sintrajud) e ex-dirigente da federação nacional (Fenajufe), vê com bons olhos a iniciativa da Procuradoria-Geral da República (PGR), mas ressalta que isso só se deu após pressão dos trabalhadores. “[Gurgel] foi empurrado pelos servidores do MPU e que bom que ele fez”, observou. “É um passo importante para cumprir o seu papel, que é o de fiscal da lei”, disse, assinalando que essa atitude tem que ter como desdobramento uma articulação junto ao STF, nesta ação e nas anteriores, para que o caso seja levado adiante. A preocupação é fazer com que o STF se posicione com agilidade. “Não nos parece que [haja] boa vontade do Supremo em cumprir o seu papel, mesmo que seja em benefício próprio, que é garantir a sua autonomia e independência”, disse.

    A Advocacia-Geral da União saiu em defesa do governo e divulgou nota em que afirma que não houve quebra da autonomia porque as propostas originais do Judiciário e do MPU foram anexadas ao projeto, embora não tenham sido incluídas no chamado Anexo V da lei orçamentária. Para Adilson, o argumento é fraco, já que na prática houve a exclusão. “Nesta questão da autonomia e independência não pode haver burla, mesmo que mascarada”, resume.

    Por Hélcio Duarte Filho

    Luta Fenajufe Notícias

    Quinta-feira, 20 de setembro de 2012

    • Publicações2467
    • Seguidores2
    Detalhes da publicação
    • Tipo do documentoNotícia
    • Visualizações7
    De onde vêm as informações do Jusbrasil?
    Este conteúdo foi produzido e/ou disponibilizado por pessoas da Comunidade, que são responsáveis pelas respectivas opiniões. O Jusbrasil realiza a moderação do conteúdo de nossa Comunidade. Mesmo assim, caso entenda que o conteúdo deste artigo viole as Regras de Publicação, clique na opção "reportar" que o nosso time irá avaliar o relato e tomar as medidas cabíveis, se necessário. Conheça nossos Termos de uso e Regras de Publicação.
    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/orcamento-procurador-geral-foi-empurrado-por-servidores-a-mover-acao-por-autonomia-diz-sindicalista/100067712

    0 Comentários

    Faça um comentário construtivo para esse documento.

    Não use muitas letras maiúsculas, isso denota "GRITAR" ;)